Vida sadia

Valor, valia, válido derivam do verbo latino “valere” que significa o ser sadio, aquele que se sente bem. O valor possui uma força inerente, a serviço de quem o tem e de quem o vive.

Sem valores não há como ter uma vida sadia. Sim, porque nos dão as melhores respostas sobre o “que somos”, são os que nos definem melhor, nos honram e, de maneira recíproca, que devemos honrar. São as raízes da árvore que nos representa, o nosso cerne, o nosso âmago.

No entanto, recebemos influências diárias, da sociedade, da mídia, do ambiente em que vivemos. Nem sempre estamos conscientes dessas influências, mas vão delineando a copa da nossa árvore que, por sua vez, vai se distanciando dos valores-raiz, aqueles que verdadeiramente nos representam.

Diferentemente das raízes, copas de árvores são visíveis, portanto comparáveis. É fácil resvalar para a avaliação depreciativa, achando que “a copa da árvore do vizinho é mais frondosa do que a da minha árvore”. Desprezam-se os valores que formam raízes únicas e incomparáveis para cair na cilada do lugar-comum. Parecer torna-se mais importante do que ser.

É importante que nos voltemos às nossas raízes. Somente quando nos damos conta de quem somos é que a nossa vida se torna sadia e uma bênção para nós mesmos e os outros.

A primeira parte do exercício do Código de Nobreza é responder a si “quem sou eu”. Trata-se de buscar até cinco valores que representam melhor o seus valores-raiz, aqueles que não são aparentes, mas sim reconhecidos por você e que representam a sua singularidade.

A segunda parte do exercício do Código de Nobreza trata de responder à pergunta “quando sou eu”, o que se dá quando gestos, comportamentos e ações são adotados concernentes aos valores. Nós os denominamos de gestos de elegância, uma vez que estão alinhados com valores presumivelmente virtuosos, pois advindos da própria essência.

Mantenha o seu Código de Nobreza em lugar acessível para que possa retomá-lo todos os dias. Passe a adotar os gestos de elegância diariamente para que sejam transformados em hábitos.

Quarenta dias após a elaboração do seu Código de Nobreza, retorne ao exercício e reveja os seus valores-raiz. Talvez queira mantê-los ou substituir alguns. Reexamina-lo é uma maneira de cavar mais fundo e encontrar raízes mais profundas. Novos gestos de elegância emergirão a partir daí.

Tratar o sadio da vida é a melhor terapia que se possa adotar, física, mental, relacional e espiritualmente.

Se vale à pena? Experimente.

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Luana
Luana
3 meses atrás

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