A aparência é uma miragem. Precisa de um certo esforço para ser mantida, porque não representa a verdade, ou seja, a real imagem. Essa, aliás, é a vantagem da imagem: como é real, não requer manutenção. A miragem, ao contrário, sim, carece de sustentação, caso contrário não se aguenta de pé.
Embora a miragem exija mais esforço do que a imagem, é o que as pessoas fazem o tempo todo. Ocupam-se de viabilizar a miragem na vã tentativa de transformá-la em imagem. Manter as aparências – algo tão corriqueiro – é um esforço inútil. Mesmo assim é o que mais ocorre. Veja quantas pessoas gastam tempo e energia nessa tentativa.
Os artifícios mais comuns na manutenção das miragens ou das aparências têm sido o dinheiro, o poder, o prestígio. Não são poucos os que continuam construindo seus castelos sobre a areia, mesmo que empreguem constante apoio e sustentação para que não desmoronem. Sempre um lado acaba cedendo e requer reforço. Uma vez providenciado, é a vez do outro lado pender perigosamente. E dá-lhe correr para reforçar seus alicerces!
Essa manutenção é tão ininterrupta quanto interminável, mas como é exaustivo manter as aparências, tem hora que o ego se cansa. E quando se cansa, a miragem se enfraquece e a imagem desponta. São os pequenos lampejos de realidade que podem provocar um despertar diante do sonambulismo das miragens. E, como todo bom despertar depois de um boa noite de sono, a vida se renova com frescor e vivacidade.
Mas existe uma outra maneira de provocar o mesmo efeito, sem que seja preciso cansar ou adormecer o ego. São os gestos de amor, com poderosa capacidade de enfraquecer o ego e as miragens por ele criadas. Na boa química do amor, o ego fica subtraído e desnorteado e as aparências não conseguem ocupar o espaço da essência.
As aparências são como um invólucro que esconde as imagens reais de beleza, bondade e verdade. Ao ocultá-las, as miragens são realçadas. Como vimos, podemos cansar o ego que, exausto, não dá conta de manter as miragens das aparências. Mas é possível, também, criar uma disciplina, como a dos gestos de amor, para fazer com que as miragens deem lugar às imagens.
Além de exigir menos esforço e sentir menos cansaço, a consciência se abre e se expande garantindo uma vida mais plena e próspera. Pratique e comprove!
As miragens começam a ser ensinadas desde a nossa infância, quando nossos pais nos passam a mensagem de que “o mais importante é ser o mais inteligente “. E, com isso criam-se rótulos” , onde o real valor de que não existem pessoas mais ” inteligentes” e sim que se esforçam e treinam muito para algo acontecer.
Infelizmente, grandes egos que são criados á partir de mensagens de pensamento fixo e não de crescimento, assim, nascem as miragens e com elas… as frustrações.
Vanessa
Sem dúvida, um grande aprendizado pessoal e também para filhos e colaboradores e ajudá-los a enxergar a realidade tal qual ela é, sem miragens e representações.
Abraço,