Quem sonha o mesmo sonho é aliado. Quem respira o mesmo ar, mas não sonha o mesmo sonho, é conspirador. É bom discernir um do outro.
Todo líder gostaria de estar cercado de aliados e talvez essa seja a sua tarefa mais desafiadora: conseguir uma legião deles. Mas a realidade não é tão benevolente, pois existirão os correligionários.
Correligionário é um termo muito usado na política para definir aquele que segue os mesmos princípios de um grupo ou partido. Mas isso não significa sonhar o mesmo sonho. Há quem esteja apenas de corpo presente, enquanto a alma trame outros planos. Já os conspiradores também se encontram nesse bolo, respirando o mesmo ar, nada mais! Alguns de passagem, outros permanentes, porém nenhum engajado.
Diante dessa areia movediça, não é nada fácil a função dos líderes. O que fazer? Alguns simplesmente transferem o encargo para quem leva mais jeito para transitar em atoleiros. Na vã ilusão de não afundar. Outros se voltarão para correligionários de várias espécies, desenvolvendo habilidades de comando apropriadas a eles, sem nenhum aproveitamento para relacionar-se com os aliados.
Correligionários podem se transformar em aliados? Sim, mas tal investimento de tempo é para quem gosta do verbo no futuro do pretérito do subjuntivo.
Então, vale perguntar de nosso: o que fazer?
Dedique-se ao aliado! Sim, porque dispensa a existência de habilidades políticas. Para ele, basta identificar-se com o propósito do líder e enxergar sua coerência, tanto nos gestos como nas palavras. A dobradinha de propósito e coerência é que faz com que o sonho comum se transforme em realidade.
E, apenas para finalizar, tem mais: os aliados provam a consistência do princípio de Pareto da lei 80/20, ou seja, 20% das pessoas em uma empresa realizam 80% dos resultados. Adivinhe onde os aliados se situam ou constate em sua própria empresa.
Bem-vindos os que transformam sonhos em realidade!