Roupas, mochilas, games, eletrônicos, óculos, sapatos, tênis, bicicletas, relógios, pulseiras, livros. Epa! Algo diferente nessa lista de presentes.
Lembro de um provérbio espanhol que diz: “Con el triciclo, se lastimó la pierna; con la bici se cortó la cara. Y com un libro se abrió la cabeza” (Com a bicicleta, ele machucou a perna; com a moto ele cortou o rosto. E com um livro a cabeça se abriu).
Livros têm uma nobreza que outros presentes não têm. São especiais. Ampliam conhecimentos, expandem a consciência. Nenhum dos demais itens citados têm o mesmo poder. O livro não é um objeto qualquer. É um sujeito amigo, que nos acompanha nas mais variadas situações e nos mais intricados problemas. Desperta, instiga, amplia horizontes.
Nunca andei só. Sempre estive acompanhado por excelentes conteúdos e escritores que contribuíram para o meu desenvolvimento e transformação. Tenho gratidão por todos os autores e pelos livros.
No primeiro capítulo de “O Velho e o Menino”, livro em mãos no trajeto de ônibus, tenho um encontro casual com o Velho Taful, editor e escritor. Como em uma simbiose, essa interação acendeu minha chama e, com o passar do tempo, eu também me tornei escritor. Magias do livro.
Hoje, lamentavelmente, as livrarias, templos do convite à leitura, agonizam. Grandes redes, como a Saraiva e a Cultura, sucumbem. Quem paga a conta senão seu principal produto? Não por acaso, Luiz Schwarcz, fundador da Companhia das Letras, fez uma campanha nas redes sociais e suscitou hashtags como #amoraoslivros e #dêlivrosdepresente. O amor dele e o seu impulso empreendedor me contagiaram, razão pela qual entro nessa virtuosa onda.
Desejo que este seja o Natal dos livros. Faço um apelo e ofereço uma sugestão: elabore a lista de pessoas queridas que pretende presentear nesse natal. Ao lado de cada nome, anote o livro correspondente, aquele que mais combina com quem vai recebê-lo. Não existe ninguém que vá deixar de curtir o seu gesto, mesmo entre os que não cultivem o hábito da leitura.
O amigo de todas as horas, agradece.
Vamos fazer um Natal diferente, de cabeça aberta!
Muito bom seu artigo. Igualmente, me sinto acompanhada de bons livros e bons escritores. Precisamos criar estratégias para fazer os mais de 30% dos brasileiros lerem algum livro.
Ana
Estamos juntos nessa.
Abraço
Vou compartilhar sua excelente nota na página da Biblioteca da minha cidade.
Parabéns.