Antes de responder à pergunta, considere uma experiência feita com soldados submetidos a marchas forçadas.
Todos deveriam manter o ritmo durante a caminhada. Foram divididos em quatro grupos sem comunicação entre eles. A meta: marchar vinte quilômetros, a cada dia, sobre o mesmo tipo de terreno. O objetivo era o mesmo para todos, exceto as informações que recebiam.
Veja se o seu modelo de gestão se assemelha a alguma dessas estratégias:
Penso que tenha conseguido identificar semelhanças entre as quatro estratégias e o seu modo de gerir. Veja, agora, como os grupos foram avaliados quanto ao desempenho e à resistência ao estresse.
Testes sanguíneos efetuados durante a marcha, e repetidos vinte e quatro horas depois, mostraram padrões semelhantes. Os níveis de cortisol e prolactina (substâncias químicas que se elevam com o aumento do estresse) foram, como era esperado, mais altos para os integrantes do grupo que sabia menos a respeito da marcha, e mais baixos para os soldados informados, com precisão e regularidade, sobre onde estavam e até onde deveriam prosseguir.
Primeira moral da história: a gestão humanizada oferece a seus colaboradores informações quanto ao senso de direção e orientação. Observe que mesmo com as metas alteradas, os soldados que recebiam informações respondiam positivamente, se comparados com aqueles que marcharam alienados.
Segunda moral da história: a gestão humanizada pensa em resultados plenos, de corpo, mente e alma. Metas atingidas representam, muitas vezes, vitórias de Pirro. O corpo chegou lá, mas a alma está em frangalhos. O nível de estresse e de ansiedade também é determinante para o desempenho do grupo ao longo do tempo.
Fazendo uso da visão sistêmica, a gestão humanizada zela pelo equilíbrio da tríade CMA (corpo, mente e alma). Pratique para constatar.