A esquisitice do título, a princípio parecendo que uma coisa não tem relação com a outra, acredite, tem tudo a ver, pois trata de estágios de consciência diante de um impasse comum: fazer com que as coisas sejam feitas.
Esse é um tremendo desafio – ou mesmo desespero – do chefe, porque se descumprido o mercado não perdoa, o cliente rejeita desculpas e, o pior de tudo, o fluxo de caixa é implacável. As coisas precisam ser feitas para que se transformem o mais rápido possível em dinheiro. Afinal, as contas vencem! Não podem esperar.
Um jeito de fazer com que as coisas sejam feitas é recorrer à punição. O nome da atitude pode parecer pesado, mas a sua origem também é. No tempo dos escravos, o açoite era o mecanismo “motivador” para que as coisas fossem feitas. Passada essa fase rudimentar de organizar o trabalho, a punição foi substituída pela advertência (uma falta não justificada no trabalho), o desconto do dia na folha de pagamentos (duas faltas não justificadas no trabalho), a suspensão ou demissão (considerando faltas consecutivas não justificadas). A dor física é substituída pela dor moral.
Ao contrário dos açoites físicos e morais, mas com o mesmo objetivo, inventaram os peixes tóxicos. Ao invés de punir, recompensar. Surgiram e são mantidos os programas de incentivo para motivar os funcionários a atingir metas definidas, as premiações, os esquemas de bônus e as comissões. Peixinhos para que os funcionários amestrados saltem da mesma forma que as focas aparentemente “felizes”.
Se as punições faziam parte de um modelo de liderança autoritária com o objetivo de exercer controle sobre as pessoas, os peixes tóxicos compõem o conjunto de práticas de uma liderança manipuladora, obstinada a exercer o controle sobre o comportamento das pessoas.
Punições e peixes tóxicos são artifícios da velha economia, improcedentes e improdutivos em tempos de Nova Economia. Nessa, as pessoas querem mais do que as benesses materiais que suprem apenas a sobrevivência física e biológica, incapazes de responder a outras demandas humanas, quais sejam psicológicas e emocionais, afetivas e espirituais.
O propósito surge como uma luz sobre o poço escuro da punição e da manipulação. É ele que poderá fazer com que as pessoas ressurjam como seres humanos integrais, vivam decentemente suas vocações e potencialidades, fazendo tudo o que precisa ser feito com gosto e por vontade própria.
Ingressar na Nova Economia é superar os estágios de consciência retrógrados e avançar ao que é superior, com fé, conhecimento e coragem. É não só a melhor como a única real estratégia para prosperar. Acredite e invista na mudança!