Acontece tanto na política como nas empresas. Os gestores públicos, boa parte deles com formação em engenharia, acham, mesmo, que o seu papel é administrar coisas. Por isso, não conseguem pensar em mais nada, exceto em erguer pontes, túneis e viadutos.
A obsessão tornou-se tão imperativa que boa parte dos políticos, uma espécie de “casta” na sociedade, desenvolveu uma relação incestuosa com as empreiteiras, suas principais amantes e especializadas justamente em construir coisas como pontes, túneis e viadutos. Hoje, esse tipo de relacionamento clandestino transformou-se em crime passional, por envolver cumplicidade e acusações mútuas, a exemplo do que geralmente ocorre nos romances sórdidos.
Administrar coisas é diferente de contribuir para a formação de um povo ou de construir uma nação, movimentos fundamentais muito distintos dos necessários para erguer obras públicas. E, obviamente, contrários aos de associar-se com quem nada entende de povo ou nação, pois seu foco é a pura e simples acumulação de dinheiro e de privilégios suspeitos, enquanto se constrói pontes, túneis e viadutos.
Um conjunto de pessoas tem de ir além das coisas, para que seja verdadeiramente povo e, ao compartilhar ideais, possa ser chamado de nação. Precisa de um sonho, de uma causa, de uma utopia. Sobretudo, necessita de um sentido para a sua vida que supere o anseio por facilidades de locomoção nos centros urbanos e de conquistar meras vagas de empregos que não tornam as pessoas melhores, por serem avessas às suas aspirações e, assim, não as dignifiquem. Para transformar-se em nação, um povo tem de confiar em seus líderes. Mas como acreditar em líderes que valorizam mais as coisas do que as pessoas?
Quando aparece um líder que valoriza mais o povo do que as coisas, luta por sua dignidade e lhe dá um senso de direção e esperança, esse dirigente respeitado recebe o nome de estadista.
Nos dias de hoje, encontramos mais líderes estadistas nas biografias de quem já deixou o planeta do que em postos de comando, tanto nos países como nas empresas.
Sim, nas empresas, comete-se o mesmo equívoco, porque as coisas também prevalecem sobre as pessoas e não se constrói uma empresa-nação, ou seja, uma comunidade de trabalho. E o que é uma comunidade de trabalho? Um ambiente onde haja respeito e dignidade, em que a relação de confiança seja a regra, não a exceção. Enfim, um lugar em que todos possam ter uma experiência de trabalho e de vida plena de beleza, verdade e bondade, virtudes essenciais para a formação de um povo, uma nação ou uma empresa.
Para que serve um país se o seu povo não é capaz de evoluir continuamente, aprimorando-se como humanidade? E para que servem os seus governantes se não contribuem para esse mesmo e virtuoso fim?
Para que serve uma empresa se os seus integrantes não são capazes de tornar-se pessoas melhores a cada dia? E para que servem seus gestores, se não se concentram nesse claro objetivo?
Procuram-se líderes estadistas, urgente! Você aceita o desafio de ser um deles?
Aceito
o mundo precisa de homens e mulheres que pensem e ajam como estadistas que constroem pessoas melhores.
/Como consultor e palestrante focado em educação corporativa temos trabalhado isso em nossos treinamentos e palestras no decorrer desses 14 anos. E você, Roberto, com os conceitos da METANOIA explicitados em seus livros tem os ajudado muitíssimo Obrigado, cara! Falta só eu ser convidado para trabalhar como apoio servindo os participantes do próximo Metanoia. Abraço. Elberto Mello, da Canbyo SP Educação Corporativa