Você já parou para pensar sobre o que aconteceria com o planeta se os seres humanos fossem eliminados?
Pois um cientista pensou; e chegou a conclusão que, se o ser humano fosse eliminado do planeta, todos sairiam ganhando: plantas, vegetação, pássaros, répteis, animais diversos, mares e rios, nascentes, céus e ares. Contrariamente, se as formigas fossem eliminadas da face da terra, suas contribuições fariam uma falta imensa, na contribuição que dão à flora e à fauna.
Somos seres inferiores às formigas?
Ora, somos dotados de múltiplas inteligências, mas o que temos feito com elas? Voltemos o olhar para a nossa praia, que trata de empresas, negócios, trabalho, liderança e resultados. Como a inteligência tem sido usada nas organizações? Uma empresa é o espelho dos seus líderes que, conforme seus modelos mentais, forjam produtos, equipes e resultados. Nessa hora me lembro de uma frase do já lendário Peter Drucker que diz que “90% do que nós chamamos de administrar consiste em dificultar as coisas para as pessoas”. Pare para pensar! O velho Drucker parece que continua com a razão.
Há um grande paradoxo nas empresas. O discurso que todos os líderes fazem apoiam a iniciativa e a responsabilidade; a verdade e a integridade; o compromisso e a dedicação. Os processos organizacionais, no entanto, são desenhados para gerar dependência e ausência de liberdade; mentiras e encobrimento de erros; descaso e impotência.
As pessoas são livres e autônomas, dentro do espaço determinado de suas baias e das ordens de seus superiores. Dão a impressão que estão tomando a iniciativa e vivendo a boa liberdade. Nada disso! Jogo de cena. Estão fazendo de conta que estão comprometidas. Afinal, os líderes também fazem de conta que as pessoas são os mais importantes recursos da empresa. Nesse jogo de faz de conta entre líderes e liderados resulta uma ação medíocre de atuação no mercado, em que o cliente pouco reconhece aquilo que fazem para e por ele. Não paga a conta, portanto. E isso recebe o nome de crise. A crise criada pelo próprio modelo mental dos líderes.
Pois bem, aonde quero chegar com tudo isso? Quero lançar um importante desafio empresarial para 2014: a educação do olhar. Já lancei este desafio antes, mas eles permanece necessário. Essa educação deve começar pelos líderes. Os olhos precisam ser educados para que possam enxergar as pessoas de uma forma diferente e exercitar um novo tipo de liderança.
Também para que os clientes possam ser vistos de uma outra forma, a empresa precisa se organizar para atendê-los de uma forma intensa e plena. E que os conceitos de negócios, processos, resultados, objetivos e metas sejam revistos para que a empresa consiga, de fato, dar respiro às inteligências encaixotadas.
Final de ano, tempo de decisão! Escolha liderar com novos olhos ou, pelo menos, mire-se no formigueiro mais próximo e se espante com a iniciativa, liberdade, compromisso e dedicação que as formigas são capazes de experimentar.
Realmente, elas são muito importantes para o planeta. Mas a humanidade também é. Precisamos apenas nos conscientizar disso e fazer a nossa parte. O planeta agradece.