Lembro-me dos super-heróis da infância: Super-Homem, Capital Marvel, Batman, Fantasma, Zorro, Tarzan. Claro, no meu tempo. Outros surgiram depois: Namor, Capitão América, Thor, Homem-Aranha e o Incrível Hulk. Nós mergulhávamos avidamente nos gibis trocados nas portas do cinema, em matinês de domingo. Hoje, o espetáculo se multiplica também em grandes telas, nas superproduções de efeitos mirabolantes. Alguns dos super-heróis atuais arrecadam fortunas e sobrevivem bravamente.
Queríamos ser como eles, até nas vestimentas. Inventávamos a capa voadora do Super-Homem, a máscara do Batman, o anel do Fantasma, a espada do Zorro. No fundo, o que queríamos, mesmo, era nos apropriar de seus poderes. “Eu tenho a força!” – o brado de um herói mais recente resume o que, de fato, desejávamos.
O que os super-heróis têm em comum? Todos são paladinos que combatem os malfeitores por meio da força. Mas não somente. Se prestarmos atenção e deixarmos de lado a paixão juvenil, veremos que são rudes, masculinos, lobos solitários, durões, individualistas e autossuficientes.
Os que não se livraram da paixão juvenil continuam por aí, alguns empreendendo e administrando empresas.