Nada substitui o lucro

Difícil dissociar negócios de dinheiro. A relação é tão direta que, ao definir um negócio como “uma forma de contribuir com o mundo”, parece que mudamos de planeta. Negócio é para obter lucros e fim!

Sim, nada substitui o lucro, mas imagine pessoas pulando cedo da cama pela manhã para se dirigir ao trabalho, cada uma com um objetivo na cabeça. A primeira pensa em como fazer para a empresa obter mais lucros. A segunda, em como prestar um serviço com excelência. A terceira em como fazer do mundo um lugar melhor. Tente avaliar o grau de motivação e comprometimento desses colaboradores em cada uma das situações.

Nada substitui o lucro, mas vamos continuar imaginando. As pessoas, agora, são clientes. Desejam dar destino ao seu dinheiro. A primeira vai consumir algum produto e serviço em uma empresa que tem como objetivo obter lucros. A segunda pretende consumir em uma empresa que tem como mentalidade servir com excelência. E a terceira, em outra que almeja contribuir com o mundo. Tente aquilatar o grau de admiração e fidelização atribuído a cada uma dessas empresas.

Sim, negócios existem para obter lucros, para servir com excelência, para contribuir com o mundo. Todos os objetivos estão corretos, mas a priorização deles faz uma grande diferença. Se o lucro tem prioridade sobre a excelência, é claro que a atenção e a dedicação de um colaborador é diferente daquela em que o serviço vem em primeiro lugar, não o lucro. O mesmo vale para o objetivo de contribuir com o mundo em relação a servir com excelência ou para obter lucros.

Sabemos, através da cultura metanoica, que o lucro é decorrência do colaborador comprometido e do cliente fidelizado.  E que será mais consistente quanto mais coadjuvante for.

O lucro é coadjuvante, quando colocamos os outros objetivos acima dele. Não deixa de ser importante e, às vezes, urgente. Mas quando o perseguimos como se ele fosse o protagonista, deixamos em segundo plano as fontes mais confiáveis de resultado: os colaboradores e os clientes.

Nada substitui o lucro, é verdade, ele tem o seu papel, tal qual aquele ator coadjuvante que, sem ele, o filme não se completa, mas que não pode roubar a cena do protagonista sob risco de distorcer o enredo original.

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