Nem todo país é uma nação e nem todo empreendimento é uma comunidade de trabalho saudável.
As leis impressas na Constituição pretendem dar um senso de organização àquela sociedade, mas não substituem os valores e propósitos que a fazem prosperar. As leis de fora – necessárias – nunca terão a força motivacional das leis de dentro – imprescindíveis – para que um país dê certo e se transforme em nação.
Da mesma forma, uma organização não representa uma comunidade pelas mesas razões, ou seja, o seu conjunto de normas, regras, objetivos e metas não substitui as forças advindas dos valores e de um propósito.
Valores e propósito são fontes de força, ou melhor, são forças que dão força. Sem valores e propósito um país, ou uma empresa, carece de moral. Nenhum cidadão ou trabalhador motivado está disposto a oferecer sua energia para um país ou uma empresa sem moral.
Um país pode visar apenas a produção de riqueza, apoiando-se na economia e nos instrumentos de política econômica: produção, crédito, juros, tributos, câmbio, salários etc. Da mesma forma, o empresário, gestor ou patrão que vê a sua empresa como um meio de sobrevivência, sustento e formação de patrimônio concentra-se apenas na dimensão econômica, formada por caixa, lucro, ativos, passivos, endividamentos etc. Ambos – país e organização – carecem de um líder estadista.
O líder-estadista compreende que o país e a empresa têm dois desafios: produzir riquezas e promover as relações humanas, cultivados por meio de valores e propósito. Tais desafios transformam países em nações prósperas e organizações em comunidades geradoras de riquezas.
O líder-estadista de uma Nova Economia cumpre o seu papel em duas dimensões: a empresarial e a política. Esta nada tem a ver com questões eleitorais ou partidárias, mas sim com a criação de uma micro sociedade bem-sucedida envolvendo todo o seu holograma: colaboradores, clientes, fornecedores, investidores, familiares e vizinhos. O papel político, então, é tecer vínculos virtuosos com cada um desses agentes.
A metanação – comunidade de trabalho geradora de riquezas – não está apartada do resto da sociedade. Para quem dela se aproxima, é como um oásis no deserto ou como um farol em alto mar oferecendo luz e esperança. E, quem dela se aproxima, não sai ileso. Absorve e leva consigo as forças dos valores e do propósito e os bons fluídos das saudáveis relações humanas.
É com essa nobreza de espírito que avançaremos como humanidade. Empresas, líderes e equipes podem contribuir muito para essa jornada. Chegue mais! Faça parte desse movimento natural e inspirador.