É importante que o colaborador e o cliente se sintam parte da cultura da empresa em que ganham ou gastam seu dinheiro.A isso dá-se o nome de lealdade.
Antes, é bom compreender o que é mesmo uma cultura. É muito mais do que um conjunto de conhecimentos, que inclua métodos, técnicas e conceitos. Uma cultura permeia isso tudo, mas vai além. Abrange estado de espírito, sensibilidade, ou seja, mais forma do que conteúdo. É ela que dá sentido e direção ao conjunto de conhecimentos.
A cultura metanoica serve como exemplo, pois se predispõe a entregar para o cliente mais do que apenas produtos e serviços. Também não requisita de seus colaboradores apenas o tempo e a força de seu trabalho. Todas essas coisas – produtos e serviços de um lado, tempo e força de trabalho de outro – vão se tornando repetitivas, inúteis e supérfluas ao longo do tempo, pois quando não há uma cultura ficam desprovidas de sentido.
Cultura são todas as manifestações da vida de uma empresa: linguagem, conjunto de crenças e valores, usos e costumes, indumentárias e métodos. Em suma, tudo o que se pratica, reverencia e, também, abomina. É ela que preenche o vazio deixado pela anomia (o trabalho e o consumo sem significado) com propósitos humanos, criativos, éticos e espirituais.
A ausência de uma cultura gera o fútil. Entenda como fútil uma escala invertida de valores em que a aparência vale mais do que a essência e a representação, mais que a realidade.
É bom que se destaque: uma cultura não é uma representação. Uma experiência, respaldada na cultura, é percebida como autêntica pelo cliente e pelo colaborador. Isso é muito diferente de uma experiência em que clientes e colaboradores percebem de longe o cheiro da farsa, como resultado de um teatro não convincente.
Uma cultura jamais se afasta da vida real, com seus dramas humanos feitos de incertezas, angústias e medos. Mas é ela que traz experiência e reflexão, pensamentos e ideias, sentimentos e emoções, paixão e poesia, como forma de transformar dramas em tramas promissoras.
Uma cultura existe para ir além do fútil e dar respostas a palavras como amor, solidariedade, arte, criação, beleza, alma, transcendência, paz de espírito e tudo aquilo que pode despertar o sexto sentido tanto no colaborador como no cliente, transformando a sua rede de relações em uma comunidade. É, portanto, mais que necessária, essencial. Instaure, portanto, a de sua empresa. E colha os resultados.