Muitas coisas podem ser feitas enquanto a nobreza não vem. Ocupar-se delas é a melhor forma de aguardá-la. Alguns exemplos podem ajudar.
Você pode dizer basta para as relações-objeto, que transformam você em utilitário ou recurso humano, e assumir o seu natural posto de sujeito.
Também logra dar folga para as crenças, aquelas ideias e posições que ocupam a sua mente e têm o poder de dividir e separar. Enquanto isso, valores virtuosos chegam para povoar seus pensamentos.
Você pode se desviar de notícias ruins sobre as quais não tem nenhum controle. Ao mesmo tempo, tem condições de assumir a responsabilidade sobre o seu entorno, aquele pedaço de mundo sobre o qual exerce influência e faz alguma diferença.
Você consegue blindar-se dos pessimistas e dos profetas do apocalipse, mas também não perca tempo com os otimistas de plantão e que acreditam em um mundo cor de rosa. Antes, mantenha viva a esperança de que o melhor ainda está por vir, a depender das nossas escolhas no aqui e no agora.
Você pode dar menos importância à aparência e aos papeis que exerce, abrindo espaço para a sua essência. As pessoas vão gostar muito de saber quem você verdadeiramente é.
Pode, também, dizer sim quando é a melhor resposta e não quando o não é o que lhe cabe. Sem titubeio nem hesitação.
Você é capaz de fazer um esforço consciente para se colocar no lugar da outra pessoa, com o intuito de melhor compreendê-la e exercitar a sua empatia.
Pode aceitar e compreender o ponto de vista da outra pessoa. Mas não se detenha apenas nos pontos de conexão. Invista também nos pontos de não-conexão.
Você consegue deter os danos que, quando flagrantes, os preconceitos normalmente causam.
Você pode decidir viver e não apenas existir. Suas múltiplas inteligências e muitos talentos vão gostar muito de ser requisitados.
Caso resvale, tem a possibilidade de desculpar-se, corrigir-se e seguir em frente.
Bem-vinda a nobreza que surge da própria nobreza.