Certas empresas engaiolam o futuro. Fazem isso por meio de planejamentos estratégicos e orçamentos. E seus líderes acreditam, mesmo, que estão fazendo o que precisa ser feito. Da mesma forma, existe quem ache que passarinhos foram feitos para viver em gaiolas. Mas, por sua própria natureza, eles nascem para voar. Da mesma forma que nossos pensamentos e ideias! Por isso se diz “dar asas à imaginação”.
Engaiolar o futuro, reduzindo suas possibilidades, é aprisionar a liberdade, um valor superior para empresas que almejam ser inovadoras. Não há inovação, sem criatividade nem criatividade sem imaginação ou imaginação sem liberdade.
Ao engaiolar o futuro, o máximo que se consegue é liberar o passado. Lá vem ele de novo definindo o mesmo roto e rasgado jogo, que ninguém mais suporta. Nem o colaborador, nem o cliente. A mesma, repetitiva rotina, ao longo de um ano que de novo só tem mesmo o último algarismo, por marcação histórica.
Ao engaiolar o futuro perde-se o ob portus, nome que os romanos davam ao vento que levava o navio ao porto. Em tradução livre, tratava-se do vento oportuno, donde veio a palavra oportunidade. Mas para que o barco possa se beneficiar do vento benfazejo da sorte, ou melhor, das oportunidades, tem de estar navegando em alto mar.
Barco atracado no porto é como passarinho preso em gaiola. Está seguro, mas desconhece novas oportunidades, novas possibilidades, novos mundos.
Passarinhos foram feitos para voar!
Barcos foram feitos para navegar!
Pessoas foram feitas para imaginar e criar!
Empresas foram feitas para inovar!