Que tal criar um modelo educativo na empresa, para que as pessoas aprendam movidas pela curiosidade?
Sabe aquela coisa boa da infância de se deixar levar livremente na direção do interesse em deslindar algo? Essa é a essência do brincar: deixar-se levar pela curiosidade. E, a partir desse impulso, desvendar mistérios, revelar o que está velado, descobrir, desbravar, aprender. São aprendizados que vão muito além das matérias escolares, das provas, das aulas adicionais e do preenchimento excessivo da agenda das crianças.
Somos homo sapiens, mas também homo ludens, ou seja, aqueles que brincam. A curiosidade, mãe da brincadeira, faz parte do nosso instinto. No fundo, somos eternos pirralhos. Daí a criatividade, a imaginação, o sonho e a ousadia. Onde o divertimento perde espaço, a acídia mais que depressa o ocupa.
Da maneira como o trabalho é organizado, não há espaço para a curiosidade, a criatividade, a liberdade de pensar e imaginar, nem a automotivação. Por isso, existem os estímulos externos: para dar conta da sisudez, da anomia e da depressão. E, pelo alto índice de ansiedade, parece que realmente não cumprem seu papel.
Retorno à pergunta inicial: que tal criar um modelo educativo na empresa para que as pessoas aprendam movidas pela curiosidade?
A boa notícia é que esse modelo está criado e tem nome: Capital Relacional. Por meio dele existe a Ágora: um espaço de relacionamento onde clientes e colaboradores podem declarar as suas súplicas.
“Como ele pode pensar assim? Nunca imaginei!” é frase recorrente quando se descobre determinada súplica que, não fosse a Ágora, permaneceria oculta no ponto cego. Diante dessa descoberta, surge a curiosidade inquietante, o desejo de saber mais. Ora! Só tem um jeito! Indo direto à fonte e conversar, a respeito, com o cliente ou o colaborador.
Para aguçar ainda mais a curiosidade existe o ICR (índice de capital relacional). É o instrumento que sinaliza quais súplicas merecem mais atenção e precisam ser exploradas para que, a partir delas, sejam tomadas providências capazes de manter vivo o engajamento emocional tanto do cliente como do colaborador.
O ICR cria desafios de maneira que, movidos pela curiosidade, possamos ir mais a fundo, estimulados pelo espírito do serviço e da contribuição. Assim, estaremos aptos a suprir as súplicas do cliente e do colaborador, ora surpreendo-os, ora orientando-os ou inspirando-os, ora facilitando a vida deles, conquistando a sua confiança, sempre disponíveis, ou lhes oferecendo a autonomia que tanto requisitam.
Trabalhar não é o contrário de brincar. Manter a criança viva é fazer do trabalho uma bênção. Pratique para constatar! É uma instigante aventura.