Se olharmos para o lado da Física, veremos que frequência é uma grandeza que indica o número de ocorrências de um evento em determinado intervalo de tempo. Pode ser medida por RPM (rotações por minuto) ou hertz, o equivalente a 60 RPM.
É algo que costuma ser avaliado para a inteligência física, mas não é a que me refiro, agora – em que pese o seu valor -, mas a outro tipo de inteligência.
Sempre me encantei com aquela dança harmônica de pássaros que voam de forma síncrona sem que haja um regente específico. Quem os conduz? Quem mantém a sua frequência? De repente, mudam de direção e todos seguem a nova forma, sem perder a orientação. Nenhum desses pássaros pensa no que o da frente vai fazer. Eles sabem. Tudo acontece naturalmente. Não existe um líder dando ordens, mas um sincronismo reconhecido e aceito por todos.
Acontece com pássaros, peixes, gentes. Tem a ver com uma inteligência natural para além do que se vê na sutil coreografia. Aquela mesma do cachorro que pressente a chegada do seu dono mesmo em momentos não habituais.
Existem frequências dentro de frequências, como os ciclos da lua, dos oceanos, das marés.
Em uma empresa, o que tem mais poder de promover tal orquestração sincrônica e se aproximar da inteligência natural é uma cultura, construída a partir de uma intenção coletiva, valores compartilhados e propósitos comuns. Quando se repetem, comportamentos adequados são adotados e a cultura se consolida.
A cultura é geradora de frequência e permite que todos dela participem. Quando sintonizado com a frequência da cultura, cada membro da comunidade de trabalho sabe o que precisa ser feito – não porque está descrito em um manual ou decretado pelo chefe, mas porque está afixado em sua mente e coração.
Inteligências tecnológicas e científicas são muito valorizadas nas empresas e de extrema ajuda diante dos problemas que requerem respostas técnicas. Mas em diferentes âmbitos – intenção, imaginação, novas ideias, intuição, inspiração, significado, propósito, criatividade – é preciso recorrer – ou até se socorrer – às sabedorias da inteligência natural. Somente ela é capaz de gerar a Gestalt criadora de uma imagem de mundo em que o extraordinário possa se manifestar.
A cultura sincroniza a empresa e sua interação com o mundo, aparentemente caótica e confusa, em um sistema dinâmico e ordenado, capaz de se organizar.
Vale, no entanto, frisar: não se trata de qualquer cultura, mas daquela que favorece a expressão da natureza humana e do que ela tem de melhor, ou seja, sua honradez e elegância de alma.
Vale, então, a pergunta: em qual frequência você atua?
A frequência que o código de honra gera é de uma NATUREZA GIGANTE!