“Que todos tenham vida e em abundância”. Até mesmo porque se trata de um direito inalienável de todos os seres humanos, como consequência do que a própria natureza lhes oferece.
Quando olhamos para fora, suspeitamos do combinado. Afinal, são muitos os desertos, as misérias e as lamúrias. A escassez, o oposto da abundância, parece superar em muito a abundância. Tornou-se a expressão do mundo limitado que habita os seres humanos. Foi inventada por eles, contra uma inclinação primordial.
Não se trata, portanto, de migrar da escassez para a abundância, como se fossem margens opostas de uma travessia. O desafio é arrancar de dentro de cada ser humano a escassez que nele habita e que, por consequência, é apresentada como se fosse verdade ao mundo. Temos de negar a escassez, firmes na crença da abundância, para fazer a travessia interior com honra e mérito.
O mundo da abundância é o das infinitas possibilidades. Todo ser humano é dotado de inteligências, aptidões, virtudes, talentos, dons e imaginações. Se todas essas competências forem liberadas e expressas livremente, a escassez não se manifestará. Sequer tem energia para tanto.
A ciência da velha economia, no entanto, se dedicou mais a entender a escassez do que a compreender a abundância. Assim, contribuiu para aumentar a artificial precariedade.
A Nova Economia é a da abundância, inclusiva e integrativa. Quer o melhor para todos. Viver à sua luz é preciso.