Você, como líder e com base em suas informações, intuição, inteligência, pode prescrever o que seus liderados devem fazer. Sim, pode! Afinal, você é, provavelmente, o mais experiente de todos. Mas quer uma estratégia mais eficaz? Deixe que eles descubram!
Pensar por conta própria é diferente de alguém pensar por nós. Sentir por conta própria é diferente de alguém declarar os seus sentimentos. Ainda assim, nos modelos de liderança mais centralizadores, as pessoas são eximidas de experiências de pensar e sentir. Limitam-se a replicar o que o chefe quer, muitas vezes sem que a ação faça algum sentido ou sem muita ênfase.
Em geral, as lideranças intermediárias são induzidas a seguir o que seus líderes na instância superior pensam, sentem e intuem, ao invés delas mesmas aprenderem com a própria experiência. Em meu mais recente livro – Capital Relacional – pensei em como aumentar a autonomia das lideranças intermediárias e, concomitantemente, também a capacidade e a potência das decisões.
Na obra, ofereço oito tipos de súplicas muito comuns entre clientes e colaboradores. Diante de tal conhecimento, as lideranças intermediárias podem se envolver diretamente com essas súplicas e, a partir daí, decidir o que precisa ser feito, começando de sua própria compreensão.
É desnecessário dizer a diferença entre cumprir ordens e assumir compromissos. No caso da prescrição do chefe, a ordem será cumprida, principalmente pelos líderes intermediários obedientes e responsáveis. Nada mais que isso, nem sempre com grande impacto no resultado. Por outro lado, ao reconhecer por conta própria o que foi sinalizado pelas súplicas, eles têm condições de assumir o compromisso de oferecer a melhor solução e a adequada resposta ao que precisa ser feito. Fica por conta da leitora ou do leitor imaginar a intensidade entre uma e outra situação.
Cada vez mais os negócios pedem a descentralização do poder. Uma empresa aumenta a sua potência quando o poder está amplamente distribuído por todas as suas lideranças,
principalmente nas intermediárias, mais próximas de onde o jogo acontece, ou seja, dos colaboradores e clientes, exatamente onde os resultados se encontram.
Quando as lideranças intermediárias começam a se comprometer, é hora da liderança superior começar a se conter. Para o bem de todos – incluindo colaboradores e clientes – como também para os resultados da empresa e o fortalecimento do negócio. Portanto, contenha-se a partir de agora!
Liderar pode ser uma tarefa distribuída … tem um pouco de ensinar, de dividir, de aprender, se envolver e de saber onde, quando, com o que , quem e como chegar … gosto muito das perspectivas e detalhes com que Roberto Tranjan nos alerta neste processo que tem muitas linhas tênues que se conectadas serão a razão da sensação de -“Conseguimos !”