Para resolver um problema é preciso compreender o problema. Compreender um problema não é uma questão de tempo, é uma questão de percepção. A mudança é contínua, mas a mudança de percepção é repentina. A compreensão e a percepção não pertencem ao tempo. “Estamos em transição” é uma frase de quem se acostumou a conviver com o problema.
Somos prisioneiros dos nossos pontos de vista e a única maneira de libertar-nos é ampliar o campo de visão. Caso contrário, estaremos apenas adiando o problema e ele sempre retorna com outro nome.
“Era uma vez um mercador de tapetes que percebeu que havia uma grande ondulação no centro de seu mais belo tapete. Pisou na ondulação para achatá-la e conseguiu. Mas a ondulação surgiu em outro lugar. Pisou de novo e ela desapareceu – por um momento, até reaparecer em outro lugar. O mercador continuou a pular sobre o tapete, pisando e achatando, com raiva, as ondulações, até que por fim levantou uma das pontas do tapete e viu uma cobra furiosa sair debaixo dele”.
Há um desperdício de energia na repetição, na volta ao passado, na reação. Quando descubro que a ondulação não é o problema, mas a cobra, estou agora diante de um desafio. E o desafio, diferentemente do problema, traz a energia, a vitalidade, a capacidade e o impulso para lidar com ele de maneira imediata.
Problemas consomem energia, desafios geram energia. O desafio, da maneira como é definido, dá um senso de vitalidade, de dignidade e de conquista.