Vez ou outra pergunto a empresários sobre o seu principal objetivo. Crescer! Essa é a resposta mais comum. E são muitos os argumentos que o sustentam: abocanhar uma fatia maior de mercado, assegurar a liderança, apoderar-se da carteira de clientes, obter ganhos de produtividade, aumentar os lucros ou satisfazer a volúpia dos investidores. Todos são razoáveis e fazem parte das ambições empresariais. O problema é que essa resposta é embasada no quanto, não no quem. Com quem e para quem crescer é mais importante do que qualquer taxa ou cifra que possa representar o crescimento.
Pensar no quanto antes do quem decorre de dois equívocos muito comuns:
1. Os objetivos de resultados quase sempre desconsideram os recursos geradores desses mesmos resultados, ou seja, as competências das pessoas. Por isso mesmo, são muitas as frustrações quando se confronta os resultados reais com as metas previstas. Um resultado além não se faz com competência aquém. Resultado é decorrente de competência, e não o contrário.
2. Nas raras vezes em que os clientes são lembrados nas decisões estratégicas, isso não ocorre por eles, com eles e para eles. As taxas e as cifras deixam de considerar o cliente.
Negócios são pessoas! Se entendermos isso, veremos que crescer não é o melhor verbo. Substitua por evoluir e aí estaremos no caminho certo. Fazer com que o cliente evolua e fazer com que a equipe evolua, esse é o desafio maior, além do frágil crescimento quantitativo.
Ao pensar o futuro, pense em evolução. E em quem verdadeiramente faz os resultados.