As três luzes Parte 3 – O outro lado da luz (luz e breu)

O outro lado da luz

Beleza, bondade e verdade! Estão aí os valores virtuosos que fazem uma empresa incandescer. Mas não se trata de um otimismo ingênuo. Existe o lado oposto da luz, onde reside a escuridão, o breu. Vivem em nós a beleza, a bondade e a verdade, assim como vivem em nós o feio, a maldade e a mentira.

Considere a analogia entre a paisagem, a máquina fotográfica e o fotógrafo. A paisagem é a mesma para todos. As máquinas fotográficas não diferem muito uma da outra, fabricadas com a mesma tecnologia. Então o que muda é a perspectiva, o olhar do fotógrafo. É a partir dele que as fotos saem mais ou menos coloridas, mais ou menos belas, mais ou menos nítidas.

Esse é o ponto: o breu não está do lado de fora. O breu que enxergamos no mundo, no mercado, nos negócios, no trabalho não está neles. Está no interior de cada um de nós. É de dentro para fora que o mundo parece escuro.

Por isso, alguns enxergam escassez onde existe abundância, crises onde existem oportunidades, ameaças onde existem desafios, perigos onde existem possibilidades.

Luz e breu

Certa noite, um velho índio Cherokee contou a seu neto que, dentro das pessoas, acontece uma batalha:

 – Meu filho, nossa batalha interna e eterna é entre dois lobos que vivem dentro de nós. Um deles é mau, concentrando em si a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, o desgosto, a cobiça, a arrogância, a auto piedade, a culpa, a agressividade, o ressentimento, a inferioridade, as mentiras, a arrogância, e o ego. O outro é bom, reunindo a alegria, a paz, a esperança, a serenidade, a humildade, a bondade, a benevolência, a empatia, a generosidade, a verdade, a compaixão e a fé.

 O neto pensou um pouco e perguntou:

 – Mas qual lobo vence?

 O velho Cherokee simplesmente respondeu:

 – Aquele que você alimenta.

Sabemos da escuridão e do breu que habita em cada ser humano. Muitas vezes lutamos muito contra o nosso breu, não queremos aceita-lo, o rejeitamos. É certo, afinal o breu não revela o melhor de nós nem sequer gostamos de admitir que ele faça parte de nós. Mas faz. O problema é que perdemos muito tempo tentando negar e eliminar o nosso breu. Esforço inútil. Ele transparece em nossas intenções e ações.

Tudo o que precisamos fazer é iluminar nossa própria escuridão. Quando fazemos contato com a luz que está dentro de nós, conseguimos enxergar a luz que habita nas outras pessoas, sejam funcionários, clientes, colaboradores, fornecedores, investidores.

Juntos, podemos criar um mundo mais iluminado, que todos possam desfrutar com alegria. Basta alimentar a luz continuamente, cuidando para manter a energia vital que a perpetua.

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