Só se você quiser que seja. Muitos não querem. Repetem um ano após o outro, sempre do mesmo jeito. Nada de novo. Os mesmos vícios, nenhuma nova virtude. Mais velhos, menos sábios. As mesmas histórias, as mesmas neuras, as mesmas raivas, os mesmos ressentimentos, as mesmas mágoas.
Os antigos hebreus tinham uma palavra para a rotina de ficar dando voltas ao redor do sofrimento: mahala. É sinônimo de doença. Não por acaso. Quem evita renovar-se adoece, pois somos, cada um de nós, uma promessa de evolução. Esse é o combinado. A rotina, onde reinam os desencantos, nos mantém existindo, mas não vivendo.
Ano novo! Vida nova?!
Assim deveria ser. Não é que quem vive nas mesmices, não queira mudanças, não queira o novo. Existirá quem não deseje uma vida mais fecunda? Claro que, mesmo os mal-acostumados querem isso. Só que parar no anseio é pouco. É preciso querer de verdade, de coração. Pois quem deseja de verdade vivencia uma revolução nos pensamentos. Antes, mais voltados às probabilidades (é provável que…), agora voltados às possibilidades (é possível que…). A dúvida dando lugar à fé. E ainda pode-se ir mais longe. Se desejar de verdade e esse desejo coincidir com o desejo de Deus, então não existirá sequer o impossível.
Ano novo! Vida nova!
Mundo melhor, para todos. Amém.