A vida pede mais!

É interessante o termo “ganhar a vida”. Remete imediatamente a ganhar o dinheiro que dá sustento. Afinal, a vida depende de alimentação, moradia e outras necessidades básicas. Diante desse entendimento, vida e dinheiro fundem-se em um par “perfeito” e indissociável.

Basta conferir: diante da pergunta “quem é você? ”, as respostas mais comuns remetem aos cargos, profissões ou ofícios, como “sou cozinheiro”, “enfermeiro”, “engenheiro”, “gerente”, “atendente” etc. Como nem sempre é suficiente, muita gente complementa o “ganhar a vida” com a uberização, neologismo que define o trabalho possibilitado pelas plataformas digitais.

Tudo até compreensível. Mas reduzir a vida ao dinheiro e o ser que se é à ocupação profissional é uma maneira de estreitar a percepção da vida.

O trabalho é fundamental e satisfazer as necessidades básicas, imprescindível à existência de todos nós. Mas parar por aí ou tornar-se refém desse modus vivendi está mais para “gastar a vida” do que para “ganhar a vida”. A vida pede mais!

A vida é uma dádiva e merece mais do que ser reduzida a um meio de sobrevivência. Ganhar a vida começa quando, diante da pergunta “quem é você”, revela-se um ser que vai além do homo economicus, ampliando-se em potencialidades e possibilidades.

“Quem é você” é uma pergunta que deve ser feita durante toda a existência, a revelar respostas mais direcionadas ou condizentes a um homo nobilis, capaz de ganhar a vida para além das limitações do homo economicus.

A vida, além do que assegurar a sobrevivência, pede mais. Ao reduzir seu alcance, assume-se o automatismo, a repetição, tal qual um moto-contínuo.

A vida pede mais! Implica mudança de rota por meio de um novo código de existência – denominado de “código de nobreza” – que prepara o terreno para um novo propósito.

Ganhar ou gastar a vida depende do autoconhecimento e da autodescoberta. Para facilitar o entendimento e o exercício da proposta, vem aí “O Código da Nobreza”, meu mais recente livro, cujo subtítulo é “a provocante jornada da essência humana”.

Confira e, sobretudo, reflita.

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