A centelha que nos move

O que faz uma pessoa levantar cedo da cama todos os dias com brilho nos olhos? O que sustenta a jornada, quando o cansaço chega e as dificuldades testam a resistência? O que separa os que sonham dos que realizam?

Existe uma força silenciosa que nos impulsiona e tem o poder de transformar sonhos em realidade, desafios em superação e intenções em conquistas: o desejo. Ele é como uma fogueira em noite fria. Se você não alimentá-lo, vira brisa, depois cinza. Se cuidar bem, entretanto, ele aquece, ilumina e até inspira quem está por perto.

Mas não qualquer desejo. Nada a ver com a vontade frouxa que oscila ao sabor das circunstâncias nem com os breves sobressaltos de entusiasmo, que minguam à primeira dificuldade. Não se trata de um querer superficial e frágil, mas sim de sentir, lá no fundo, que há algo a ser feito. Algo que faz sentido. Algo que vale a pena.

Lembra daquela vez em que você sentiu um desejo tão forte que nada parecia capaz de eliminá-lo? Talvez tenha sido um sonho de infância, uma ideia que brilhou na mente ou um chamado primordial, incapaz de se calar. O que aconteceu depois? Você o alimentou ou o deixou morrer?

O desejo que move montanhas é aquele que vem do âmago, que pulsa quando escuta o chamado, que arde como fogo sagrado. Nasce da alma, passa pelo coração e ilumina o caminho por onde a ação vai passar.

E como manter a chama acesa?

Primeiro, alimentando-o com significado. O desejo que resiste ao tempo não nasce do preenchimento da falta, mas da oferta da farta. Ele vem da conexão com um propósito maior, da certeza de que realizar não é apenas sobre conquistar, mas sim contribuir.

Depois, cercando-se de outras centelhas. Gente que sonha, que vibra, que faz acontecer. Histórias que nos lembram de que é possível. Ambientes que estimulam a criatividade e a coragem.

E, por fim, agindo. O desejo só se mantém vivo se encontra espaço para se expressar. Se for deixado de lado, enfraquece. Mas, se for colocado em movimento e agregar outras gentes, ele cresce, se expande, contagia.

E você, como tem cuidado do seu desejo? Ele está forte e vibrante ou escondido sob camadas de rotina e cansaço? Que decisão você pode tomar hoje para reacender essa chama?

Eu tenho uma proposta, que seguramente será fundamental para esse resgate virtuoso. É o convite para que participe do Dia da Economia ao Natural, 07 de abril, segunda-feira à tarde, das 14h às 20h, no Memorial da América Latina. Para participar, acesse aqui.

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