2025: quais são os seus desejos?

Cuidado com o que pede, pois você pode conseguir, dizem aqueles firmes na fé, para depois constatar que alguns desejos são geradores de problemas, mais do que de solução. Bernard Shaw afirmava: “existem duas tragédias na vida. Uma é não conseguir o que se deseja ardentemente. A outra é conseguir.”

O ser humano é um ser de desejo. Ausência de desejo é ausência de vida, também conhecida como acídia. O desejo é o motor da existência, a sua própria potência. Mas nem todos os desejos são bons.

Existem aqueles da falta e outros da farta. Uma única letrinha e a diferença é imensa. Ambos possuem força, mas nos conduzem para direções diferentes.

Orientados pela falta, os desejos são armadilhas em que se pode cair facilmente. Alguns são verdadeiras emboscadas, como os desejos-necessidade, por exemplo, insaciáveis não importa quantos sejam recebidos. Quem se retêm neles não consegue dar uma boa resposta para a seguinte pergunta: quanto é suficiente? Neles, a satisfação anda sempre de mãos dadas com a insatisfação.

Ainda na categoria da falta, existe o desejo-imitação, aquele de querer o que os outros têm, na crença de que a grama do quintal do vizinho é sempre melhor. Instiga a cobiça e a inveja e, embora sejam sentimentos humanos, não estão na categoria dos mais nobres.

Da mesma forma são os desejos-apego, pois resvalam para um dos maiores danos que os desejos desorientados causam: o de ter quem os têm.

Não se trata, no entanto, de tentar eliminar os desejos da falta. Seria como sufocar a sua força. Cada vez que reduzimos o nosso poder de ser e de agir, nos sentimos deprimidos. Melhor seria redirecioná-los. Em vez de sucesso na vida, preferir uma vida bem-sucedida. Em vez de pequenos prazeres, verdadeiras alegrias. O próprio desejo é motor da mudança.

Os desejos da farta preferem a qualidade à quantidade. Incluem-se aqui o desejo de superar obstáculos para crescer, de correr riscos para realizar-se, de ser quem se é, de viver com mais alegria. Se “o desejo é a essência do homem”, como disse Baruch Espinosa, então é na essência que encontraremos os melhores desejos. Se eles representam a nossa potência vital, o melhor a fazer é cultiva-los.

Proponho, para o ano de 2025, uma gestão dos desejos. O novo livro, “O Código da Nobreza”, vai ajudar você a orientar e elevar a potência desejante. O subtítulo é “a provocante jornada da essência humana”, pois é aí que se encontra os mais nobres desejos, capazes de contribuir com a ordem natural e a vida de outros seres.

Desejo a você um nobre ano vivido com honradez e elegância!

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