VOCÊ SE CONSIDERA ELEGANTE?

Vamos ver se a gente se dá conta da própria elegância (ou deselegância).

Antes de prosseguir, é bom compreender elegância como a forma como os nobres se comportam. No presente contexto, não se trata da nobreza aristocrata, nem aquela das vestimentas, mas da nobreza de espírito. Essa à qual todos deveríamos nos sentir alinhados, visto que fazemos parte da mesma sublime linhagem.

Vou propor um teste básico com comportamentos corriqueiros. Em algumas questões talvez você necessite da ajuda de pessoas próximas. Nem sempre a nossa autoimagem corresponde à imagem vista por outros.

De prontidão? Então vamos lá. Você age elegantemente quando…

… consegue ser sempre amável com os amigos. Até aí, normal.  A elegância se estende quando você consegue manter a mesma amabilidade com desconhecidos. Ela é colocada à prova quando mantida também com aqueles que lhe causam irritação.

Tais gestos podem ser ocasionais ou oportunistas, portanto ainda não são considerados elegantes, conforme reza o código de nobreza. Para que sejam consistentes devem alinhar-se aos valores virtuosos que lhes dão sustentação, tais como a aceitação, a amizade, o amor;

… sabe cumprimentar as pessoas, dando preferência às senhoras e depois aos senhores. Também quando os seus cumprimentos não fazem distinção entre as pessoas, qualificando-as previamente entre as mais ou menos importantes. Consegue gravar o nome de cada uma e citá-lo quando a ela se dirigir.

Também aqui os gestos poderão ser ocasionais, portanto, não-elegantes. Para que sejam coerentes, deverão ser apoiados por valores virtuosos tais como a atenção, a consideração, a dignidade;

… chega pontualmente aos encontros, de preferência alguns minutos antes, independentemente do grau de importância do compromisso. Se eventualmente ocorrer um atraso imprevisto, você comunica imediatamente à outra parte. Além de chegar no horário combinado, se apresenta com a devida preparação e serenidade.

Os valores virtuosos que tornam esse gesto de elegância legítimo são o respeito, a disciplina, a excelência, por exemplo;

… sabe escolher o presente adequado para cada situação, considerando a pessoa e o evento em questão. Escreve a carta ou cartão à mão, em tom afável, atencioso, entusiasmado e construtivo.

Tal gesto de elegância será incorporado no seu modo de viver quando alinhado com valores virtuosos pertinentes, tais como a gentileza, a dedicação, a criatividade.

Pense nos gestos de elegância como a parte visível da árvore, a copa com suas folhas e frutos. Seriam destituídos de cores e fragrâncias, beirando o artificial, e poderiam sucumbir à primeira tempestade, não fossem as raízes que lhes dão firmeza, representadas por sólidos valores, ainda que não visíveis.

Você merece ser uma árvore frondosa, honrada e elegante. É disso que trata o código de nobreza.

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