GESTÃO HUMANIZADA DE ARAQUE

Imagine um show de focas adestradas. Você já deve ter visto esse tipo de espetáculo em alguma ocasião. É bonito, divertido e o adestrador parece ter total domínio sobre os animais. Ao vê-los em tão admirável encenação, até seria possível indagar: como podem ser tão inteligentes? Se o espectador for um gestor, então, a correlação é imediata: que bom seria se as pessoas agissem do mesmo modo na empresa.

O fato é que, há tempos, as pessoas são vítimas da velha e surrada tática da foca. Esta parte da premissa de que os comportamentos são condicionados a partir de um estímulo – seja positivo ou negativo – que conduz ao padrão de comportamento desejável. “Faça isso e você ganha aquilo”, eis o lema.

Voltemos à foca. Para que ela desenvolva determinada ação, uma pirueta por exemplo, o adestrador capricha em sucessivos treinos, de modo que a cada evolução rumo ao comportamento desejado a foca é presenteada com sardinhas. Caso não desempenhe a contento, o animal é punido ou deixa de receber sua tão esperada sardinha, o que também é um castigo.

Você pode estar se perguntando: que mal existe em recompensar os comportamentos desejáveis? A resposta é simples: será que sem tais “peixes tóxicos” os bons comportamentos seriam repetidos? As pessoas criam uma relação de dependência com tais recompensas, atribuindo tão somente a elas as suas ações. Então, sempre será necessário um estímulo externo – algo ou alguém – que direcione o comportamento desejável. A iniciativa própria e a automotivação ficam podadas, portanto.

Trato a tática da foca com mais detalhes no livro Rico de Verdade. Quero realçar aqui é que enquanto esse “estímulo” corre solto nas organizações, não podemos denominar o modelo de liderança adotado como uma gestão humanizada, com a qual a  tática da foca não é coerente.

Gentes não são focas. Desde que os gestores não atrapalhem com seus preconceitos, manipulações e controles, gentes são automotivadas por natureza.

Confie nelas. Pratique e colha os louros!

 

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James
James
1 ano atrás

Sim, infelizmente esse é o modelo mais comum Roberto. Engraçado que como a informação está disponíveis muito Gestores já sabem que benefícios não geram a motivação. Aí começam a retirar alguns diferenciais do seu negócio tanto para Colaboradores quanto para Clientes, que até faziam algum sentido manter. Mas em fim, uma empresa Humana é muito mais simples e acessível a todos mas o trabalho para essa construção me parece ainda distante desFOCAda daquilo que mais importa em suas lideranças. A motivação é um trabalho dos Gestores e não dá para delegar. A Metanóia NOS ajuda a cada dia dar o passo na medida para chegarmos lá…

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