Abra vagas para gestores relacionais. Urgente!

Diálogos são difíceis, quando há polarizações. Diante de pontos de vista antagônicos, conversas são quase impossíveis. No entanto, cada vez mais precisamos de pessoas que se empenhem em dialogar, buscar o entendimento na vida e no trabalho, tanto para a boa saúde física, mental e emocional como para fazer da vida uma experiência engrandecedora.

Diálogos e conversas são os principais meios para promover relacionamentos de qualidade. E relacionamentos de qualidade são os principais meios para construir negócios humanos e prósperos. Fácil de compreender, em teoria, difícil de implementar, na prática. A menos que exista alguém de alto valor, na empresa: o gestor ou a gestora relacional.

Nem pense em procurar essa alternativa na extensa lista dos cargos de qualquer organização, pois não vai encontrá-la. Justamente porque não se encaixa nos quadros dos organogramas, pois nada tem a ver com uma posição hierárquica. A gestão relacional é uma função, não um cargo. Pode, portanto, ser exercida por várias pessoas na empresa, independentemente dos cargos que ocupam.

O gestor ou a gestora relacional é a pessoa para quem negócios são conversas, conversas são relacionamentos, relacionamentos são pessoas. Por isso resolve, para além das competências técnicas, desenvolver sua inteligência relacional. São três as disciplinas a saber.

A atenção é a primeira delas. Essa é uma cota que precisa ser destinada com inteligência. Se colocada excessivamente em determinado lugar, vai deixar outro desguarnecido. Quem desenvolve tal competência sabe investir a sua cota de atenção nas relações, quer sejam com os membros de sua equipe, quer seja com clientes ou fornecedores. A rotina e as atividades operacionais podem ser perigosas distratoras.

Da atenção segue o interesse, pois quando a atenção está direcionada para algo ou alguém, a curiosidade é acionada. O gestor ou a gestora relacional faz da própria curiosidade a mola propulsora para a sua evolução. Sabe também que interesse desperta interesse e, uma vez com certeza de que pessoas são interessantes, torna-se também interessante para as pessoas.

Ao investir atenção e interesse nos outros, considere esse um estágio de amor, a terceira disciplina.

Há quem ache difícil amar de maneira geral achando que o amor nem combina com o árido mundo dos negócios. São dois ledos enganos. Difícil é gostar, pois nem todas as pessoas são gostáveis. Amar é decisão e compromisso, portanto não depende do outro, mas de cada um de nós. Decisão e compromisso pelo outro, expressa por amor, não custa repetir (até porque inusitada), é a terceira disciplina incorporada pelo gestor relacional.

Ainda sobre o amor: se ele não cabe em seu negócio e no seu trabalho, pare para pensar se vale mesmo a pena manter-se em ambos. O amor é e sempre será a melhor resposta às várias demandas.

Abra vagas para gestores relacionais, esses que investem nos relacionamentos e fazem do ambiente de trabalho um habitat humano, onde a confiança é a grande recompensa.

Abra vagas para gestores relacionais, esses que são capazes de promover uma economia ao natural, representativa da nossa condição humana.

Urgente!

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Margarida Lira
Margarida Lira
2 anos atrás

Concordo plenamente, seria a função ideal para mim. Pena que ainda não existe enquanto cargo. Abraço de Portugal e parabéns pelo Nobre Trabalho que tem vindo a fazer.

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