Decisões são tomadas dezenas de vezes, dia após dia. Todas são importantes, mas algumas são cruciais para o êxito do negócio.
Comece a pensar no exercício decisório como um jogo em equipe de quebra-cabeças, daquele em que cada um tem uma ou mais peças essenciais para que se chegue à compreensão do todo.
Processos decisórios dependem do modelo de liderança. Nem sempre o líder tomador de decisão recorre a todas as peças disponíveis. Colaboradores, principalmente aqueles mais próximos do problema, mantêm consigo algumas privilegiadas e que acabam não sendo usadas. Prefere decidir com base apenas em suas peças, quase sempre incompletas e repetitivas. É certo que a qualidade da decisão não será eficaz.
Líderes mais abertos, porém, consideram todas as existentes, antes de tomar a decisão. Com isso, eles se asseguram de elaborar um quadro mais completo. Certamente, as decisões deles tendem a ser mais eficazes do que as daquele que ignora ou desperdiça tudo que tem a seu dispor.
Pensar no processo decisório como um jogo de quebra-cabeças tem um tom lúdico, além do reconhecimento de que ninguém, individualmente, tem o jogo completo na cabeça. Só parte das peças. Ficam, portanto, claras a interdependência e a necessidade de um recorrer ao outro, por meio da escuta e da troca, para que o contexto seja forjado entre todos os envolvidos.
Em nome de um conceito próprio de eficiência, muitos líderes podem achar dispendioso o tempo investido na troca de peças entre todos os envolvidos, mas certamente se assim for a decisão tomada será mais eficaz.
Processo decisório é, sobretudo, compartilhamento de informação e percepção. Mas não apenas. Decisões em grupo aumentam a coesão entre seus membros. Para dominar o assunto, todos devem ouvir com atenção o que cada um tem a dizer. É um treino de respeito, consideração e cooperação.
A técnica do quebra-cabeças pode também romper preconceitos. Aquele colaborador, nem sempre bem-visto ou bem cotado, pode estar com uma peça da qual o grupo depende para que a decisão seja acertada. Então, ele, antes alijado, passa a ser ajudado e encorajado a compartilhar, sem restrições.
A técnica do quebra-cabeças compõe o Capital Relacional da empresa, por meio do qual os demais capitais, inclusive o econômico, se ampliam. Faça o jogo e colha as vitórias.