Quem não quer bem-estar ou estar bem? Mais do que merecemos, precisamos alcançar esse estágio, em benefício de nossa saúde física, mental, psíquica e emocional. Para além da sobrevivência, é uma questão de sanidade. Entre tantas variáveis que podem contribuir para isso, uma é inconteste: os relacionamentos.
Sermos tratados como sujeitos – relação sujeito/sujeito – é algo que eleva a nossa qualidade de vida. É muito diferente de quando nos tratam como objetos – relação objeto/objeto -, o que subtrai a nossa qualidade de vida, em especial se não tivermos consciência dos efeitos maléficos em curso por força do que já nos habituamos e julgamos normal.
Na sociedade, cargos e profissões sugerem distanciamento. Em parte, o cuidado é necessário – afinal, como seria o veredicto de um juiz ou a decisão de um médico se cada um deles estivesse envolvido emocionalmente com a situação da vítima ou o paciente? O distanciamento profissional requer justa medida.
No entanto, em situações menos dramáticas, deixamos que o papel social predomine sobre a qualidade da relação. Se duvida, lembre como habitualmente consideramos a garçonete, o vendedor, o gari, o porteiro como profissões ou funções, ignorando todo o resto, ou seja, o ser humano.
Talvez seja essa a maior alienação da vida moderna: as relações objetos prevalecem em detrimento das autênticas relações humanas. Ganha-se em eficiência – afinal é o que se espera das profissões, cargos e funções –, mas perde-se no que deveria ser prioritário. O técnico se sobrepõe ao humano, prejudicando a qualidade de vida.
Diante de um amigo, nós nos desarmamos e nos apresentamos tais como somos. Diante de um profissional, o que predomina é a necessidade e nos escondemos atrás dela. Em contrapartida, quem nos atende também se concentra na necessidade, sem nenhum interesse por nossa pessoa. O portador da necessidade, valendo menos que ela, é transformado em um meio. Existe, portanto uma distorção.
Para muitos, é melhor que seja assim. Preferem a privacidade do cargo ou da função, com todas as suas restrições, ao risco de se abrir e se apresentar como verdadeiramente são. Mas é bom que saibam: as conexões sempre serão meramente superficiais, utilitárias, mercantis, desprovidas de qualquer tipo de vínculo mais relevante.
Profissões, cargos e funções podem sugerir algum tipo de confiabilidade, mas não de confiança. E esta é a moeda forte, tanto no mundo dos negócios como no das outras relações. A confiança é que nos faz sentir aceitos e benquistos, condições humanas fundamentais para garantir a saúde física, mental, psíquica e emocional, para o bem-estar de todos os envolvidos. Apostar na justa medida dos relacionamentos é vital! O Capital Relacional vai ajudar você a encontrar a justa medida.