Modelo de negócio é um conjunto de suposições sobre como uma empresa vai operar ao criar valor para os seus clientes. Se esse conjunto de suposições é diferenciado, considere a sua empresa como única, ou seja, ela faz algo que ninguém mais faz.
Se ainda não estiver nessa realidade e, de fato, almejar uma empresa única, capaz de fazer o que nenhuma outra faz e se diferenciar mesmo diante de uma economia refreada, vá para o outro lado do balcão. Lá existe vida.
Ir para o outro lado do balcão é deixar de ver o cliente como um item da carteira, um pedido, um faturamento ou uma conta a receber. Do outro lado do balcão, o cliente é uma pessoa. De carne e osso. Como você.
Então, voltemos à definição de modelo de negócio: é um conjunto de suposições sobre como uma empresa vai operar ao criar valor para os seus clientes. Tais suposições serão mais acertadas quanto mais conhecermos de perto o cliente, suas necessidades, percepções, valores, sentimentos.
Cada modelo de negócio é, em suma, uma história sobre seres humanos envolvidos em atividades de oferecer, vender, comprar, consumir. É do outro lado do balcão que todas essas coisas acontecem.
Do outro lado do balcão existe um mundo inteiro a desbravar. O interesse pelo cliente vai despertar a curiosidade. Esta, por sua vez, permite descobrir coisas que só se veem ou se sentem daquele ângulo de visão.
O interesse em compreender esse universo do outro lado do balcão vai despertar a paixão. Tal paixão pelo cliente vai mexer com a criatividade. A criatividade vai fazer com que a funcionalidade dê espaço à beleza, a eficiência seja acrescida da excelência e a relação de confiança vá além da confiabilidade nos produtos.
Do outro lado do balcão é possível experimentar a empatia, o exercício de ver com os olhos do cliente. Chegar a esse estágio requer confiança, inclusive e principalmente no cliente. Assim, ele deixa de ser visto como uma distante e difusa abstração jurídica, para ganhar seus reais contornos: alguém com pensamentos, ideias, emoções e capaz de se comprometer. Disposto, inclusive, a fidelizar-se quando encontra um parceiro igualmente confiante e confiável.
Ao enxergamos o lado humano dos negócios, somos capazes de usar a imaginação para entrar no mundo do cliente e descobrir, ali, o universo de oportunidades à nossa disposição.
Do outro lado do balcão existe um pote de ouro à nossa espera. Para acessá-lo basta apenas querer!