Medos e preconceitos podem fazer com que você permaneça em estado letárgico, sem condições de enxergar a realidade. O que você enxerga, enviesadamente, não está realmente lá. Mas medos e os preconceitos fazem com que acredite que esteja. Sem dúvida, são eles os maiores inimigos da mudança de modelo mental. Uma boa analogia para entender a situação é a da criança que tem pavor do escuro, porque imagina aquele espaço “invisível” como fonte de todos os perigos. Na certeza absoluta de que os “monstros” estão ali, à espreita.
O medo e o preconceito nos colocam na defensiva e alimentam a desconfiança. Reagimos mais do refletimos. Com isso, tendemos a repetir sempre o mesmo jogo, o velho ciclo da sobrevivência, o que impede o progresso. Resultado: insistimos, indefinidamente, nas mesmas apostas e decidimos do único jeito conhecido e surrado, mesmo sabendo – previamente – que não nos levarão ao que almejamos.
É ainda pior quando os medos e os preconceitos, por exceção à regra, são capazes de proporcionar algum tipo de sucesso. Seus efeitos limitadores se consolidam no modelo mental, de maneira que é ainda mais difícil rompê-los, alimentados que estão pela presunção e arrogância.
Precisamos prestar atenção ao mundo que construímos a partir de pilares falsos e nocivos. Medos e preconceitos compõem os modelos mentais e abandoná-los significa deixar para trás, também, parte de nós mesmos. Não gostamos de abandonar nossas criações, principalmente aquelas que, por bem ou por mal, nos conduziram até onde estamos. Somada a esse problema de aversão a perdas está uma rede de investimentos e relacionamentos construídos, exatamente, ao redor desses modelos.
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