Somos assim. Eu, você, todos nós. Até os que tentam se amparar em seus cargos, profissões, posições. Por mais fortes e confiantes que tentemos parecer, no fundo somos frágeis. Elimine as máscaras e fantasias e, por trás dos artifícios, o que sobra é a vulnerabilidade. É ela o que mais nos caracteriza.
Reuniões de empresas são como peças teatrais. De um lado, alguém tentando se preservar, na tentativa de não revelar sua ignorância diante de algum tema. De outro, alguém que prefere continuar com dúvidas a fazer papel de bobo. Sem falar em quem, com medo de críticas, prefere se poupar. Todos temem perder o respeito, o poder, a reputação. O problema é que a empresa atua no mercado com os mesmos trejeitos das pessoas que lá trabalham: esquivando-se, resguardando-se, preservando-se.
Se a tendência das pessoas é manter-se onde estão, presas ao que já existe, o mesmo acontece com a empresa diante do mercado. Condenar-se ao conhecido significa não explorar o que poderia existir. É eliminar qualquer chance de inovação.
O que fazer? Deixar de onda e ser autêntico. A verdade deve prevalecer, em lugar da dissimulação. Se parecemos frágeis, vulneráveis, ansiosos e preocupados, então bem-vindos à família humana! É assim que nós somos. E mostrar-se exatamente como se é vai fortalecer nossos laços e melhorar a qualidade de nossas relações, tanto interna quanto externamente.
Não podemos esquecer que mercados são pessoas e pessoas abrigam medos, angústias, alegrias, esperanças e buscas. Se avançarmos além da superficialidade comercial, veremos que tanto o colaborador como o cliente são seres com as mesmas vulnerabilidades e anseios. Ambos são ávidos por amor e intimidade, mesmo que aquele sisudo executivo da multinacional assim não pareça. Ambos procuram vitalizar as suas energias. Ambos querem dar o melhor de si, têm mais dúvidas do que certezas, e, parafraseando o filósofo Friedrich Nietzsche, são “humanos, demasiadamente humanos”.
Não aceitar a natureza humana como é ou fazer de conta que ela não existe só vai minar os esforços de mudança e as tentativas de criar uma empresa criativa e inovadora.
Então, antes tarde do que nunca: deixe de onda e assuma a sua condição humana. Você só tem a ganhar com isso.
Realmente é impressionante, mas totalmente explicável como existem profissionais de multinacionais que preferem parceiros com menos competência do que aqueles com mais maturidade e que podem produzir mais nas entregas por medo e receio de serem superados e substituídos. São pessoas. Mas, acredito que deveriam tirar suas máscaras e serem humildes para aprender e somar com quem tem mais experiência. Seria mais sábios se usassem o hábito do ‘win Win”, ao invés de tentar excluir e colocarem interesses pessoais acima do que seria melhor para a empresa.
Tudo a ver com sua explanação Roberto! Obrigado!!!
Fabio
Fabio, obrigado pelos acréscimos.
Abraço