Se existe uma coisa estressante são as encruzilhadas com as quais nos deparamos diariamente. São dezenas, às vezes centenas de escolhas que precisamos fazer a cada lapso de apenas 24 horas, desde as mais simples — “telefono agora ou mais tarde?” — até as mais complexas — “adoto ou não essa estratégia?”. Escolher e decidir, constantemente na passagem das horas, são verbos que podem nos levar a nocaute, tal é o desgaste mental e emocional que cada escolha ou decisão exige. Às vezes chegamos tão exaustos em casa que tomar uma decisão banal como “ir para o banho agora ou antes de dormir” parece uma equação matemática de terceiro grau.
Não bastasse o gasto de energia que a escolha e decisão tomada exigem, soma-se a isso o exercício de visualizar os desdobramentos, os quais tanto podem ser positivos como negativos. É como um jogo de xadrez, cujos inúmeros desdobramentos precisam ser imaginados antes que se dê o lance. É por isso que cada partida requer muita atenção e leva tempo. Mas, nas escolhas e decisões diárias, nem sempre estamos atentos ou dispomos de todo o tempo do mundo. A fila anda e, depois de uma escolha e de uma decisão, logo vem outra sequência, com semelhantes exigências.
“Assim é a vida!”, exclamaria alguém mais conformado com essa inevitável realidade, que poderia ser diferente e mais simples.
O exercício de escolher e decidir torna-se desgastante quando não existe uma bússola interna capaz de oferecer orientação. Essa bússola interna sinaliza o norte, ou seja, o sentido e o significado para onde devemos ir. Tal norte recebe também o nome de “propósito”.
Propósito significa “por adiante” algo que, face a tantas encruzilhadas, nos sirva de crivo. Algo que nos dê um sentido, facilitando as nossas escolhas, e que nos ofereça um significado, dando-nos confiança diante das decisões tomadas.
Instalar essa bússola interna é um desafio do qual não podemos nos esquivar. É o que vai tornar a nossa vida mais fecunda e próspera. Aprofundo esse tema em meu próximo livro, a ser lançado em breve.
Nossa!!!
O “aperitivo” do livro foi excelente, imagine o livro!!!!
O número de decisões diárias é tão elevado, que com certeza sem esta bússola interna, deixaremos nos levar pela entropia e cairemos na mahala…
Os dois textos se complementam, “Imagine, para seu próprio bem”.
Abraços
Ricardo Stiepcich
Ricardo, meu caro
Espere que tem mais.
Abraço