E aí, como é que fica?

Lembro do verso de uma antiga canção de Lupicínio Rodrigues, que dizia “a vergonha é a herança maior que meu pai me deixou”. E aí me pergunto: como é que fica? Qual é o clima reinante nas empresas cujos líderes estão na cadeia ou em prisão domiciliar, com uso obrigatório de tornozeleira eletrônica? Ou em vias de?

Imagino que as pessoas ali empregadas devem estar cheias de dúvidas e questionamentos quanto às mensagens subliminares nos olhares fugidios, que evitam se confrontar com a verdade. E aí, como é que fica? Qual é o sentimento de fazer parte dessa equipe? Como acreditar em seus pares e confiar na liderança? Apostar em quem?

No mercado, o cliente ressabiado não tem nenhuma garantia de estar adquirindo o melhor produto ou gastando os seus recursos devidamente. Qual o destino do dinheiro? Acabará nas mãos de um político corrupto? Dá para acreditar em suas campanhas publicitárias?

Enquanto existirem indagações dessa natureza, o indivíduo não se sentirá bem nem será capaz de viver seus valores e sua verdade. Age como se participasse de uma peça de teatro em que, a cada dia, o ator se sobrepõe ao sujeito. Com isso, distancia-se de si mesmo, de seu potencial, de seu amor-próprio, de sua autoestima e até de sua saúde física e mental.

É claro que a organização bebe do próprio veneno. A pessoa ou a equipe envolvida nesse tipo de circunstância não tem a menor condição de atuar com excelência, pelo simples fato de que alguém esfacelado, com baixa estima e sem motivação é incapaz de oferecer o melhor de si. Se uma empresa está fragmentada e sofre uma cisão ética, o mesmo também acontece com todo o seu corpo de colaboradores e, de uma forma direta ou indireta, isso vai resvalar para o cliente e para o mercado.

E aí, como é que fica? Nunca foi tão urgente uma Nova Economia formada por empresas que se destacam por conta de lideranças e equipes formadas por pessoas íntegras, que vivem sua verdade e seus valores.

O que fazer quando se perde a vergonha ou se exclui essa palavra do vocabulário? Sem-vergonha é quem perde não só a vergonha, mas também o caráter e a chance de viver um projeto de vida que seja razão de honra e de orgulho.

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Elberto Mello
Elberto Mello
7 anos atrás

por isso tudo é que tem de dar início ao trabalho de SER uma pessoa ética, AGIR como um profissional que EXERCE liderança de NOVA ECONOMIA, multiplicando RESULTADOS físicos, emocionais, mentais e espirituais de EXCELÊNCIA.

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