Tem hora que tudo o que a gente precisa mesmo é de uma boa sacudida! É quando a vida entra em moto-contínuo e a repetição parece ser a tônica. É claro que precisamos ter algumas rotinas diárias para não ter de reinventar-se constante e cansativamente, tornando a vida mais fácil, mas outra coisa é transformá-la em uma sonolenta mesmice. Aí já é demais, pois quando nos damos conta estamos robotizados e mais existindo do que vivendo.
Algumas perguntas são clássicas e deveriam ser repetidas vez ou outra. “Por que estou aqui?” é uma delas. Talvez você ache que se trata de um dilema de adolescente, mas saber por que estamos aqui é a primeira questão existencial importante que devemos fazer para nós mesmos em relação à vida.
Todos temos – ou deveríamos ter – um projeto de vida muitas vezes deixado de lado ou à mercê da sobrevivência. Entre os vários objetivos traçados, os econômicos se destacam exageradamente. Amiúde as metas profissionais são maximizadas à custa da saúde física, mental e espiritual. Quem se prende aos objetivos econômicos e à mera sobrevivência perde o maior bem de todos: o próprio projeto de vida.
Um cotidiano excessivamente atarefado, distraído, disperso e repetitivo acaba com a criatividade, algo essencial para uma vida que almeja ser venturosa. Nunca sairemos de onde estamos sem antes imaginar outros lugares possíveis. De preferência, que tal imaginação venha enriquecida de paixão e significado.
É fácil se dispersar, por isso a pergunta clássica “por que estou aqui?” nos impede de dormir no trajeto e nos mantém despertos em relação aos valores e significados essenciais que dão sustentação à vida.
Mesmo que você não obtenha respostas claras para a indagação fundamental, reavivá-la de quando em quando faz com que estejamos sempre despertos. Perdê-la de vista é sair da trilha, afastar-se do caminho.
Devemos aproveitar a vida, correr atrás do que almejamos, seguir nossos sonhos e assumir riscos. Mas, antes de tudo, para quê? E para quem? Aí estão outras perguntas essenciais, a responder de quando em quando.
Algo novo precisa despertar, de maneira indelegável e irrefutável, no coração de cada um de nós. A fonte é generosa e abundante, mas para sorver seus benefícios é preciso acessá-la! Experimente e verá!