Negócio é isso: gente se relacionando com gente.

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Esta frase está no livro Metanoia. Nada mais verdadeiro. Negócios são relacionamentos entre as pessoas. Mercados são conversas. E a voz humana é o 

que existe de mais legítimo nesse vasto mundo.

Para que os mercados a expressem, é preciso que a voz humana emane do mercado (clientes, fornecedores, investidores) conectando-se com a voz huma
naoriginária de dentro (líderes, colaboradores). As vozes serão tão humanas e representativas quanto mais seus portadores forem apoderados. Dar poder a elas produzirá a conversa mais empolgante e emocionante em que um negócio tenha a capacidade de envolver-se.

O fato é que as empresas têm um medo profundo das vozes verdadeiras. Preferem mantê-las à distância, elevando um muro ao usar jargões frios, pouco compreensíveis, presunçosos. Basta ver as campanhas de marketing para constatar que foram feitas para sobrepor-se às vozes do mercado, tanto internas como externas, na tentativa de convencer as pessoas a acreditar em algo não tão crível.  

Enquanto as campanhas de marketing seguem seu curso unilateral, as vozes humanas procuram outros espaços e os encontram na vastidão da internet. Conversas na rede tornam possível o aparecimento de impactantes formas de organização e de trocas, jamais vistas antes. Com isso, os mercados estão ficando mais inteligentes, informados e organizados.

Um exemplo disso é a simples constatação de que os clientes conseguem obter mais informações de que necessitam por meio das redes do que via SACs dos fornecedores.

A Nova Economia está aí! E não existem mais segredos. O mercado ligado em rede sabe mais do que as próprias empresas sobre produtos, serviços, diferenciais, competências. É, ao mesmo tempo, uma notícia boa e má.

A má notícia é justamente a ausência de segredos, se é que, de fato, tais mistérios trouxessem alguma vantagem. A boa notícia é que essas vozes, antes sempre disponíveis, precisam ser, agora, mais bem aproveitadas. Têm de ocupar o lugar daquelas vozes autoritárias que há tempos definem as declarações de valores, propósitos, missão e visão, feitas só para inglês ver, de tão artificiais, vazias e mecânicas.

É chegada uma vida inovadora no mundo dos negócios. As empresas da Nova Economia precisarão descer de seus castelos medievais para conversar, abertamente, com as pessoas que fazem parte de seu holograma. 

As duas conversas (interna e externa) devem ser coerentes. Será preciso confiar nas pessoas e no que as suas vozes expressam. Urge, portanto, transformar o seu mercado em uma comunidade. Isso implica desenvolver uma cultura interna representativa dessa comunidade.

A hora é agora! 

 

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