Ouse, a partir dos significados da Nova Economia

Existem dois tipos de criatividade: a do aqui, que implica buscar novos significados em um contexto já conhecido, e a do acolá, que implica buscar novos significados em um novo contexto.  

O que existe de mais comum nas empresas é o afã pela solução de problemas, nem sempre com o uso da criatividade. Reparos e consertos sem muita imaginação. São respostas técnicas, não respostas criativas. Daí que as coisas invariavelmente retornam ao ponto original de sempre, perpetuando os problemas. Constate, por conta própria, a existência de problemas recorrentes, que retornam às vezes apenas com outro nome.

Voltemos à criatividade. A palavra sempre evoca um novo significado. Entenda por novo significado um insight ou eureca, algo que antes não era visto e, de repente, se escancara diante de nós, com uma compreensão diferente.  

Quando o contexto não muda, o exercício da criatividade fica restrito ao conhecido. É pensar dentro do quadrado. Quando o contexto muda, o exercício da criatividade extrapola os limites. É pensar fora da caixa. Essa é a criatividade do acolá.

A criatividade do acolá é situar-se em um contexto distinto, algo bem mais difícil do que a criatividade do aqui. Por isso, ajuda muito fazer bom uso do contexto que denominamos de Nova Economia. Pensar a partir dela é imaginar ideias, estratégias, projetos que não seriam possíveis antes.

Uma sugestão de exercício de criatividade: escolha um dos manifestos da Nova Economia. Entrelace-o com o propósito de seu negócio. Reescreva, agora, o novo propósito, inspirado na Nova Economia. Concentre-se nele, para elaborar ideias e estratégias. Prossiga o exercício, a partir de perguntas, como:

“Se a minha empresa vivesse o novo propósito, o que faria de diferente?”.

Para tornar o exercício mais específico, acrescente agentes do holograma. Exemplo:

“Se a minha empresa vivesse o novo propósito, o que faria de diferente para o cliente?”

Repita a pergunta, acrescentando ao final outros agentes do holograma, como o colaborador, o fornecedor, o líder etc.

A Nova Economia é composta por mercados éticos, humanos e prósperos. Essas características, por si só, inspiram inovadores significados, os quais devem permear produtos, processos de trabalho, modelos de liderança, qualidade de relacionamentos e tantas outras práticas relacionadas à gestão e aos negócios. E, concomitantes ou não, capazes de fazer uma grande e positiva diferença no curso da história.

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