A caneta, o pincel, o bisturi, o martelo, a batuta, a máquina, o computador são apenas ferramentas e recursos inertes. Nas mãos habilidosas de um talentoso profissional, seja escritor, pintor, cirurgião, marceneiro, maestro, operário ou internauta, eles ganham vida. Ferramentas e recursos dependem de gente que vibra e que os faz vibrar.
Vida é vibração!
Mas essa é a parte manifesta da vida, expressa por meio do corpo. O corpo não elabora, apenas. Ele mostra a sua face quando sorri, move o passo quando caminha, emite a palavra quando fala. Os gestos e movimentos são feitos pelo corpo, mas o sorriso no rosto, o destino do passo e a mensagem da palavra são vibrações de outras fontes. O corpo, sozinho, não dá conta. É preciso que a mente atue, transitando entre o físico e o metafísico. Do pensamento à ação, do sonho à realidade, da imaginação à realização. Mente e corpo vibram juntos. Vida é, portanto, vibração, em dose dupla.
Tamanha vibração pode nos dar prazer e nos fazer felizes. Alguns já acham muito bom e param por aí. Mas a vida é mais! Vai além do prazer e da felicidade, sensações e sentimentos que ainda dependem das coisas de fora e, para vivê-los, tenta-se evitar qualquer sofrimento. Mas a vida que vai além aceita o sofrimento. E, assim, não deixa de vibrar e também começa a pulsar. Corpo e mente, apenas, não alcançam a pulsação. Precisam da ajuda da alma, lá onde mora o coração, o órgão do amor.
Mais que vibração, vida é pulsação!
A vida pulsa quando nos sentimos parte de uma só família, fraterna e una, amorosa e cúmplice. Voltada ao mesmo propósito, vivendo a mesma fé, sentindo a mesma emoção e comungando da mesma alegria.
É quando a vida é mais!
É quando a vida vale a pena.