A volta ao significado.

O trabalho, antes, era representado por um ofício. Depois, foi organizado e surgiu a empresa. No tempo do ofício, a produção de uma mesa ou uma cadeira era uma obra de arte. Com esmero e design.

Depois, com a industrialização, o talento artístico e o primor artesanal foram substituídos pelo padrão técnico. Ao invés da criatividade que vem de dentro, o padrão de qualidade que vem de fora. Com o apoio de normas e procedimentos, houve um lapso de tempo para que o trabalho fosse transformado em rotina. E a rotina é o reino do desencanto.

Organizou-se o trabalho, aumentou a produtividade, mas perdeu-se o significado. Sem o significado, o trabalho tornou-se um fardo. Cada vez mais difícil de carregar. Para sair dessa enrascada, as empresas começaram a oferecer prêmios, bônus, recompensas de todos os tipos para substituir, com estímulos externos, o que o trabalho havia perdido como estímulo interno.

Um dos principais desafios das empresas é resgatar o trabalho na forma de ofício, feito com arte e significado. É possível? Sim! Mais que isso: é imprescindível! É uma questão de método, mas, sobretudo, uma mudança de modelo mental de quem lidera. Essa mudança de modelo mental recebe o nome de METANOIA!

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